quinta-feira, 31 de março de 2011

Celebração de abertura dos 800 anos do carisma de Santa Clara

Nota: Esta Celebração é uma sugestão da Família Franciscana do Brasil para a Abertura do Ano Clariano, podendo ser adaptada à celebração eucarística da comunidade paroquial, celebração da palavra ou em outras celebrações da fraternidade e comunidades franciscanas.


Ambiente: preparar o local da celebração, de forma discreta (é tempo quaresmal), uma Cruz de São Damião, imagem de Santa Clara e ramos de oliveira ou de palmas.

Acolhida:
* Os irmãos e irmãs vão chegando;
*Animador do grupo acolhe com carinho a todos

Canta-se refrão meditativo:
“Não perca de vista, seu ponto de partida”.

- Enquanto se canta: uma pessoa com calma acende a vela colocada diante da imagem de santa Clara.

- Em seguida, um momento de oração silenciosa em vista do clima orante, rezando logo após

Todos: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que há em todo o mundo, e vos bendizemos, porque, pela vossa santa cruz remistes o mundo” (Test. 5).

Motivação inicial
:

Irmãos e irmãs, reunidos (as) em nome do Senhor e em grande comunhão enquanto Família Fanciscanaclariana, iniciamos o Ano Clariano (17/04/2011 a 11/08/2012) = 800 anos do Carisma de Santa Clara. Em sintonia com a Igreja que faz memória da entrada messiânica de Jesus em Jerusalém e o aclama com ramos nas mãos, a família Franciscana recorda o nascimento do Carisma Clariano evocando o gesto do Bispo Dom Guido ao entregar à jovem Clara um raminho de oliveira bento.

Era o sinal de Deus confirmando sua decisão de seguir os passos de Cristo pela vida consagrada.
Canto: (um canto apropriado ao domingo de Ramos)
Quem preside:
Recordando hoje a fidelidade de Cristo ao projeto de salvação do Pai, façamos o sinal da cruz.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
Todos: Amém!
Quem preside:
A graça e a paz de Deus, nosso Pai, o amor de Jesus Cristo, nosso Salvador, e a força do Espírito Santo estejam conosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
BÊNÇÃO E PROCISSÃO DOS RAMOS
Quem preside:
O caminho que Jesus percorre é marcado pelo júbilo, louvação e aclamação do Messias. Os ramos que serão abençoados nos levam da festa da entrada de Jesus em Jerusalém ao desfecho doloroso da cruz. O ramo abençoado transformou-se para Santa Clara no sinal de Deus que confirmava seu compromisso no seguimento radical de Jesus Cristo.
Aclamação do Evangelho
Canto: SALVE, Ó CRISTO OBEDIENTE! SALVE AMOR ONIPOTENTE, QUE SE ENTREGOU À CRUZ E TE RECEBEU NA LUZ!
Proclamação do Evangelho Mt 21, 1-11.
Oração de bênção dos ramos
Altíssimo e Bom Senhor, pela Arca simbolizastes o povo unido no tempo de vosso servo, o justo Noé e sua família; e pela pomba trazendo o ramo de oliveira, anunciastes a vinda do Espírito Santo. Os filhos dos hebreus cumpriram estes símbolos acolhendo vosso Filho com palmas e ramos de oliveira e aclamando: HOSANA!
Assim também nós bradamos: HOSANA! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Abençoai, Senhor, estes ramos para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Redentor, cheguemos por Ele à Jerusalém eterna. Por Cristo, nosso Senhor. AMÉM. (Oração do Rito Ortodoxo)
(Uma pessoa coloca um ramo grande e bonito de oliveira ou uma palma na cruz de São Damião à vista de todos).
Quem preside: asperge os ramos que as pessoas trazem nas mãos. Enquanto se canta:
* Os filhos dos hebreus, com ramos de oliveiras, correram ao encontro do Senhor,
Cantando: Hosana ao Filho de Davi...
Se a memória do acontecimento de Clara de Assis, acontecer na celebração de Ramos da comunidade paroquial franciscana, o ministro que preside, concluída a oração de bênção, toma um pequeno ramo e o entrega a uma jovem vocacionada à vida Francisclariana.
Recordação de Santa Clara

Motivação:
A fecundidade do carisma Clariano tem como fonte a celebração pascal do Domingo de Ramos. Evocando este acontecimento, a exemplo de Clara de Assis, associemo-nos intimamente aos mistérios pascais do Cristo.
Leitura da Legenda de Santa Clara
“Aproximava-se a solenidade de Ramos, quando a jovem Clara, de fervoroso coração, foi ter com o homem de Deus, para saber o que e como devia fazer para mudar de vida. Ordenou-lhe o pai Francisco que, no dia da festa, bem vestida e elegante, fosse receber a palma no meio da multidão e que, de noite, deixando o acampamento, trocasse o gozo mundano pelo luto da paixão do Senhor. Quando chegou o domingo[1], a jovem entrou na Igreja com os outros, brilhando em festa no grupo das senhoras. Aconteceu um oportuno presságio: os outros se apressaram a ir pegar os ramos, mas Clara ficou parada em seu lugar por recato, e o Bispo desceu os degraus, aproximou-se dela e colocou-lhe a palma nas mãos.
De noite, dispondo-se a cumprir a ordem do santo, empreendeu a ansiada fuga em discreta companhia. Não querendo sair pela porta habitual, com as próprias mãos abriu outra, obstruída por pesados troncos e pedras, com uma força que lhe pareceu extraordinária.
E assim, abandonando o lar, a cidade e os familiares, correu a Santa Maria da Porciúncula, onde são Francisco e os frades, que diante do altar de Deus faziam uma santa vigília, receberam com tochas a Virgem Clara”.
(Legenda de Santa Clara, 7 e 8 – fontes pg. 1792-1793).
Canto a Clara de Assis
(CD São Francisco, irmão de todos. José Raimundo Galvão):
Santa Clara clareou, novo dia aconteceu.
E o Evangelho que plantou pela terra floresceu
“Tu serás a luz do mundo, assim como eu sou a luz”.
O teu brilho tão fecundo vem do brilho de Jesus.
Esta luz que tanto brilha, sem jamais escurecer.
Vai traçando nova trilha que conduz o teu viver.
O esplendo com que te cobres, vai levando ao bom Senhor
Multidão de almas nobres fascinadas pelo amor.
(Ou outro cântico a Santa Clara)
Quem preside: se oportuno, pode motivar uma breve partilha da Palavra de Deus.
O Domingo de Ramos, com a bênção e a procissão dos ramos de palmeira, desde muito possui um caráter nupcial. Liturgicamente é celebrada a entrada festiva de Jesus em Jerusalém, e misticamente a união de amor de Jesus com sua esposa, a Igreja, e para o povo esta era uma ocasião favorável para se procurar uma noiva ou se acertar um noivado. É esta, pois, a atmosfera escolhida por Francisco e Clara como moldura eclesiástica das “núpcias” de Clara com Cristo. Para isto, ela deve adornar-se de uma maneira particularmente festiva. Ao que tudo indica, o bispo já havia sido informado... pois Clara permanece em seu lugar e o bispo vai até ela entregar-lhe o ramo. Terminada a solenidade, à noite, Clara foge de casa e vai para a Igrejinha da Porciúncula, onde é recebida por Francisco que corta-lhe o cabelo diante do altar: gesto que, na época, era um “símbolo de transição” típico, para indicar uma mudança de estado: “ele diz que esta mulher já não pertence a si mesma, nem a outro homem, mas a Deus, de quem ela é serva”. (o corte de cabelo era reservado ao bispo; Francisco, a rigor, não podia). Junta-se a isto um outro símbolo: o despir as vestes da nobreza e o vestir um roupa pobre, não tingida, que conserva a cor natural: lembra a terra de onde veio, a humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo e a solidariedade com “a gente comum e desprezada, os pobres e fracos, enfermos e leprosos e mendigos de rua” (RNB 9,1.3). Com toda certeza, não se trata aqui de um uniforme estilizado, como será o caso mais tarde. É mais um saco do que um vestido! (Anton Rotzetter. Clara de Assis, a primeira mulher franciscana. Vozes-Cefepal, 1994. p. 70ss).
PRECES DA COMUNIDADE
Quem preside
Confiantes na bondade infinita do Pai, apresentemos as nossas preces.
1. Pai de bondade, iluminai vossa Santa Igreja, que hoje inicia com vosso Filho Jesus a caminhada rumo à sua gloriosa ressurreição. Nós vos pedimos.
2. Pai de bondade, concedei que, ao celebrarmos os mistérios da Semana Santa, sejamos fortalecidos em nossa vivência cristã e participemos, um dia, da plenitude da Páscoa do Cristo. Nós vos pedimos.
3. Pai de bondade, fortalecei a fé e a esperança de todos os vossos filhos e filhas que estão oprimidos pelo poder, para que não desanimem de lutar, participando das pastorais, movimentos e organizações que promovem a vida e a dignidade humana. Nós vos pedimos.
4. Pai de bondade, iluminai os caminhos dos seguidores do vosso Filho Jesus, inspirados pelo exemplo de Clara de Assis. Nós vos pedimos.
5. Pai de Bondade, consolidai os projetos de vida fraterna e missionária dos membros da Família Franciscana, na celebração dos 800 anos do carisma Clariano. Nós vos pedimos.
6. Pai de Bondade, ajudai os franciscanos e franciscanas no discernimento dos sinais de vossa presença em nossa história. Nós vos pedimos.
7. Pai de bondade, inspirai o testemunho dos franciscanos e franciscanas, para que brilhe como caminho de unidade e de vida vivida em função do amor. Nós vos pedimos.
8. Pai de bondade, abençoai as comunidades de Irmãs Clarissas, que devotadas ao silêncio do claustro, rezam e intercedem por vosso povo. Nós vos pedimos.
(Concluídas as preces, todos rezam a oração dos 800 anos do Carisma Clariano).
ORAÇÃO dos 800 ANOS DO CARISMA CLARIANO
Ó Altíssimo Pai celestial, por vossa misericórdia e graça, iluminastes vossa serva Clara de Assis, com o esplendor do Cristo Ressuscitado, seu amado esposo, a fim de que, por uma vida vivida no amor, brilhasse como luz aos irmãos e irmãs de ontem e de hoje.
Ouvindo o vosso chamado, seguindo o exemplo de Francisco, Clara trocou a nobreza pela pobreza e, na penitência em São Damião, com jovial alegria, viveu no silêncio, na contemplação e na fraterna comunhão.
Bendito sejais, ó Altíssimo Pai, pelas mulheres e homens, que nestes oitocentos anos abraçaram o ideal de vida de Santa Clara. Por seu testemunho, iluminaram os caminhos da missão e da paz, radiantes de alegria e de esperança.
Concedei, Senhor, à Família Franciscana do Brasil, seguir o caminho da simplicidade, da humildade fraterna, da pobreza numa vida honesta e santa, alimentada pelo pão da Palavra e da Eucaristia, solidária com os pobres e excluídos.
Iluminados pela luz do vosso Espírito que em Clara de Assis brilhou como o sol, jamais percamos de vista, o ponto de partida, da íntima unidade com Jesus Cristo, o irmão pobre do presépio e da Eucaristia. Amém!
Nossa mãe Santa Clara e nosso pai São Francisco de Assis, rogai por nós!
Quem preside: convida à oração do Pai nosso...
Oração Final
Ó Deus, alimentados por vossa Palavra (e pela Eucaristia), nós vos bendizemos pela esperança que renasce em nossa vida. Concedei-nos, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejamos reconciliados convosco, e, ajudados pelo exemplo de Clara de Assis, compreendamos a grandeza dos vossos planos para a nossa história. Ela que no sinal do ramo de oliveira, respondeu generosamente ao vosso chamado entregando-se à vida de humildade e de pobreza. Por Cristo, nosso Senhor. AMÉM.
Canto:
Irmão Francisco, irmão de todo irmão
Clara de Assis, irmã de toda irmã
cantam ao mundo: só Deus nos bastará
O amor é lindo, ele vencerá!
Irmão Francisco, vem me ensinar
Clara de Assis, aponta o que fazer
Para que o Senhor seja o tudo em mim
Para só servi-lo, que devo fazer? Vem dizer...
Se você quiser servir a Deus,
Faça poucas coisas, mas as faça bem.
Pedra por pedra com esperança de ver Assis.
Dia após dia, com alegria,
Sempre buscando o além.
Bênção de Santa Clara
O Senhor nos abençoe e nos proteja
Faça resplandecer sobre nós a sua face
E nos dê a sua misericórdia
Volte para nós o seu olhar e nos dê a paz
Derrame sobre nós as suas bênçãos
E no céu nos coloque entre os seus
santos e santas.
O Senhor esteja sempre conosco
E que nós estejamos sempre com Ele.
Despedida:
A: Despede os(as) irmãos(as):
Irmãos, irmãs, Paz e Bem, a todos(as)!
Todos: Paz e Bem!
Santa Clara , clareia nossa Vida. Amém!


[1] . Era o domingo de Ramos de 1212.


Cantos Opcionais
1. Clara, Irmã
1. Meus olhos não conseguem esquivar-se/ à herança de meu berço não me apego./O olhar do meu Senhor não quer disfarce./ Não posso resistir e assim me entrego.
Me mostra teu espelho clara irmã,/ preciso dessa imagem cristalina./ Me ensina a cultivar hoje e amanhã,/ ternura, Paz e Bem em cada esquina.
2.A Cruz do meu Senhor me cativou,/ então, se consumir àquela idade!/Só a Luz do Novo Reino que plantou./ Nos pode garantir felicidade.
3. Me basta o muito simples, nesta terra./Que a casa que me espera é o céu inteiro./ Servir, plantar a Paz!/ nisto se encerra,/ Meu sonho, compromisso e paradeiro.
2. Santa Clara, tudo aclara
1.Desde pequena quiseste viver / uma pobreza que o céu vem trazer./os teus parentes te querem levar /mas tua fé em Jesus é bem mais./ Deixaste tudo para amar a nosso Pai
Santa Clara, tudo aclara / com sua luz a iluminar.
Nos ensina com clareza / o caminho da oração.
És dos pobres a certeza / de total dedicação.
2.Como os menores desfaz-se dos bens / muitas irmãs a seguiram também./ Pelo silêncio e pela oração / busca um caminho de renovação. /o grande esposo nos conceda a proteção.
3. Meu querido pai Francisco /tão sereno como a luz./ Meu querido Pai Francisco,/ tu me levas a Jesus./ No teu coração bonito / posso ver o infinito./ Nos teus olhos transparentes / posso ver a luz de Deus./ Meu querido Pai Francisco / pouca gente entenderá / que o amor que tens em ti / somente a Jesus pertence já.
* Minha cara irmã Clara / que és tão clara como a luz./ Minha cara irmã Clara / tu me levas a Jesus./ No teu coração bonito / posso ver o infinito./ Nos teus olhos transparentes / posso ver a luz de Deus./ Minha cara irmã Clara/ pouca gente entenderá / que somente a Jesus Cristo / teu coração pertence já.
Pai Francisco de Assis / fazes Clara sorrir tão feliz. // Cara Clara de Assis / Pai Francisco te olha feliz.

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