segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Imagens - Lembranças


O Advento




O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim… Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”, está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.



No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.
Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?



No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?



No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.



No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.


Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade. Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal.


A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.

Preparação para o Advento



I. INTRODUÇÃO GERAL


1. Nosso povo sofrido se reúne para celebrar a fé no

Deus que vem. É um povo que se deixa guiar pela luz

do Senhor, o único Deus verdadeiro, a fim de aprender

com ele a fazer história para construir sociedade

nova: "Vamos subir ao monte do Senhor e à casa do

Deus de Jacó. Ele nos ensinará seus caminhos... para

que possamos transformar as espadas em enxadas e as

lanças em foices" (1ª leitura, Is 2,1-5).

2. Nosso povo sofrido se reúne porque acredita que

celebrar em comunidade é estar preparado para a vinda

do Filho do Homem; porque acredita que em sua

caminhada já foram lançadas sementes de eternidade

(evangelho, Mt 24,37-44).

3. Nosso povo sofrido se reúne porque já chegou a

hora de acordar. E é capaz de trazer para a celebração

sinais de seu compromisso com o Deus que já está

presente no meio de nós, mas que chega continuamente,

transformando o tempo presente em momentos de

graça e salvação (2ª leitura, Rm 13,11-14a).
 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS


1ª leitura (Is 2,1-5): "Virá o dia em que todos..."

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ora por nós, filho de Assis


Santa Mãe Imaculada, templo santo do Senhor,

Deus que fez em ti a glória, de Francisco fez louvor.

São Francisco pobrezinho, santo sábio no viver,

Pai dos pobres deserdados vem teus filhos proteger.


REF. ORA POR NÓS, FILHO DE ASSIS.


São Francisco do evangelho, São Francisco da oração,

São Francisco do trabalho, São Francisco nosso irmão!

São Francisco do leproso, da pobreza de Jesus,

Da pobreza de Maria, da Paixão da Santa Cruz.



Humilde e pobre de Deus, de Jesus crucificado

E da Santa Virgem Mãe, de um povo agoniado!

São Francisco que a este mundo deste seu justo valor

Vem louvar a Deus conosco pela luz e pelo Amor!



Defensor dos animais, protetor da ecologia,

Paz e Bem pelas estradas, São Francisco da Alegria!

São Francisco nos ensina de palavra e pelo exemplo

Que ao andarmos pelo mundo nosso corpo é nosso templo.



São Francisco obediente, norma de fidelidade.

Do menor dentro da Igreja, a imitar-te na humildade!

São Francisco nossa Escola, paraíso matinal,

Pela graça transformado, novo Adão Universal!



De Franciscos e de Claras, homem santo e inspirador,

De poetas e profetas, do Evangelho do Senhor!

São Francisco ao povo pobre quer servir sinceramente,

Ser fiel ao evangelho, como pobre obediente!



São Francisco apaixonado pelo Filho de Maria,

Reverente ao mistério e ao dom da Eucaristia.

Coração de puro amor, São Francisco, mente pura,

A cantar Deus Criador, festejando a criatura!



São Francisco do começo do Brasil ainda menino,

Vê teu povo sofredor, vem mudar o seu destino!

Vem Francisco, vem depressa, que este mundo te deseja.

Vem! Restaura a natureza. Vem! Transforma nossa Igreja.


(Frei Walter H. de Almeida)

domingo, 7 de novembro de 2010

Caminho Franciscano da Paz - Itália





É o caminho que Francisco e seus frades fizeram tantas vezes. É reconhecido e aprovado pela Província Seráfica dos Frades Menores da Úmbria e pelo ministro geral da Ordem Franciscana.

Com extensão de 350 quilômetros na Úmbria e recebe a mesma importância e valor quanto o Caminho de Santiago de Compostela.Podendo ser percorrido: a pé, de bicicleta, a cavalo ou também ser feito por meio de transporte para atender aqueles que desejam peregrinar mas não apreciam fazer caminhadas.

É o caminho da alegria,também de encontro com a natureza, a paz, o Criador e sua criação.

Percorrê-lo é retornar as origens da nossa alma, ir ao encontro do que há de mais puro em nós, contemplar locais e santuários que há séculos inspiraram o amor pela natureza, à simplicidade da criação e a humildade do coração de São Francisco de Assis, tornando-o e nos tornando "loucos de amor".




Aqui passou Francisco

Percurso total - 350 Km.
Previsão total de dias: 16
Dificuldade: Média\ Alta- região montanhosa

Do eremo de La Verna ao eremo di Cerbaiolo 27 km. 8 horas
Do eremo de Cerbaiolo a Sansepolcro 29 km. 9 horas
De Sansepolcro a Città di Castello 27 km. 8 horas
De Città di Castello a Pietralunga 29 km. 8/9 horas
De Pietralunga a Gubbio 27 km. 8 horas
De Gubbio a Biscina 22 km. 6/7 horas
De Biscina a Assisi 27 km. 8 horas
De Assisi a Spello 24 km. 7 horas
De Spello a Trevi 14 km. 4 horas
De Trevi a Spoleto 18 km. 5 horas
DE Spoleto a Romita di Cesi 28 km 9 horas
De Romita di Cesi a Collescipoli 15 km. 5 horas
De Collescipoli a Stroncone 23 km. 6 horas
De Stroncone ao santuario di Greccio 13 km. 4/5 horas
Do santuario de Greccio a Rieti 26 km. 6/7 horas
De Rieti ao santuario di Poggio Bustone 18 km. 6 horas

Visite o link abaixo do peregrino Vicenti onde encontrará todas as etapas com fotos...

http://vicentepmarti.wordpress.com/category/camino-de-san-francisco/

Fratelli e Sorelle Caminhando sob os passos de "Francisco" "Nos somos peregrinos, a nossa unidade é um longo caminho,uma viagem da terra ao céu." Peregrinar é procurar um sentido para a nossa passagem nesta vida; é o desejo de conhecer a finalidade da nossa viagem; é atravessarmos um espaço interior e/ou exterior e sabermos que podemos ser como o "peregrinus",ou seja,"aquele que atravessa campos". (Ana Lucia Mattioli Noceti )










Ao fim do mês de setembro do ano 1226 depois de ficar sabendo por seu médico Bongiovanni Marangano que sua morte estava próxima levanta os braços e diz; ”Bem-vinda és tu minha irmã morte”.
Pede para ser transportado para sua dileta Porciúncula porque deseja morrer onde pela primeira vez conheceu o caminho da verdade e onde fundou sua Ordem.
Colocado em uma padiola é levado a Porciúncula, aos pés da colina pede que seus frades parem e virando-se para sua amada Assis, amorosamente levanta seus braços e diz;
“Deus te abençõe, Cidade Santa, pois que muitas almas por ti serão salvas e em ti habitarão muitos servos do altíssimo e de ti muitos serão eleitos para o reino eterno. Paz a ti!”.





O sol nasce em Assis - Éloi Leclerc - Ed. Vozes

...Francisco não fraterniza unicamente com seus semelhantes,mas também com as criaturas inferiores que ele considera verdadeiramente seus irmãos ou irmãs ,é um fato...devota a cada uma delas,sem exceção,uma afeição e um respeito fraterno.
Na maioria das vezes esta fraternidade cósmica de Francisco foi vista como transbordamento lírico de seu louvor ao criado.A fraternidade cósmica de Francisco tem sua fonte própria Está diretamente ligada a seu sentido da criação...
Esta atitude de profunda humildade e de adoração, pela qual Francisco se coloca dentro de uma unidade de criação, fazendo-o atar laços de amizade com todas as criaturas, é de extrema importância, pois vem reforçar a fraternidade humana propriamente dita.Esta com efeito, encontra sua melhor garantia nesta fraternidade cósmica:nesta atitude de respeito e de amor para com todo o conjunto da criação,para com todas as formas de vida..O ser humano que fraterniza com todas as criaturas comunga com o amor do Criador por sua obra inteira, coloca-se ao abrigo da tentação de dominar seus semelhantes e de violentá-los de alguma forma...Nele as forças da vida se convertem num impulso de simpatia e de amor.Ele mesmo se humaniza humanizando a natureza...











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