O encontro foi realizado nos dias 1 e 2 de outubro na casa mãe de Rodeio-SC. Havia participantes de SC, SP, MG, DF, GO,PR,MA (as principais fotos foram perdidas,mas vou tentar recuperá-las através dos olhares dos amigos simpatizantes e vou postanto devagar)
No sábado a programação resumida constou de :
1) Acolhida e apresentação
2) Oração dos simpatizantes de MG
3) Palavras e Reflexões com Ir.Terezinha Sotopietra
4) Trabalhos em grupo e suas partilhas
5) Recreação
No dia 2:
1) Apresentação do blog dos simpatizantes pelos representantes de MG
2) Momento orante
3) Apresentação do pré-projeto de Formação
4) Repasse do encontro de Curitiba
5) Informes e avaliação do encontro
Colocarei as orações em tópicos separados para maior proveito de todos.
Ponto chave do encontro se fez na palestra de Ir.Terezinha Sotopietra que com certeza tocou o coração de todos e ampliou nossos horizontes para uma maior reflexão e aprofundou nossa religiosidade. Expos fatos, vivência, experiência, cidade, contexto em que viveu Francisco de Assis bem como sua conversão. Nos esclareceu pontos do Carisma Fundacional que é composto de:
Gratuidade de Deus
≥ Deus se encarna em cada tempo da história : Ele se tornou humano para vivenciar o humano.
≥ O espírito de Deus é criativo
“ O amor não se segura, ele se reinventa, se transforma”
“Tu me seduziste e eu me deixei seduzir”
Sensibilidade Humana
≥ “O dom é a especialidade vinda de Deus”
Inicia-se com 1 ou mais pessoas (como no caso de Francisco e Clara) conforme necessidades históricas
≥ O carisma deve ser tão vivo quanto no início, mesmo que de formas diferentes (outros tempos, outra realidade...)
≥ O nosso é comunitário
Vicissitudes do tempo
≥ Nenhum grupo se mantem em função de si mesmo
≥A história, a realidade, as exigências mudam, devemos também mudar nosso “jeito”
≥ Ter respostas atuais, ousadas (nós) com o espírito inicial (franciscano)
É interessante para tanto o conhecimento da história e dominância de classes na época de Francisco. (tópico já postado anteriormente)
“Nós somos o que somos, diante de Deus”
A proposta de Francisco foi:
- Morar fora da "cidade" (sair dos conventos, do sistema da época, do "mundo")
- Ir pobre, em comunidade, entre "leprosos" (eram pessoas altamente discriminadas pela sociedade, quando diagnosticada o padre fazia o ritual de morte (em vida, para a família) e o portador da doença saia da cidade)
- "A humildade traz relações mais humanas e duradouras"
- Viver em nova economia, trabalho para sustento de todos e não para o acúmulo
-" O humilde não exerce poder sobre ninguém"
- A contemplação de Clara é olhar para fora, para os outros e não para si
Economia Evangélica
Não se pode esperar sociedade igualitária com práticas injustas.
Não fortalecer o mundo injusto
Cuidado com a natureza
Economia e consumo solidários
Nova proposta: trabalho não para o acúmulo
Muito também foi discutido ("ferrenhamente" digamos, rs, entre os simpatizantes) os conceitos chave de FÉ, RELIGIOSIDADE E RELIGIÃO
As pessoas podem ter fé e não ter religiosidade, assim como podem possuir uma religião e não possuir fé e possuir religiosidade e não ter religião. Se possuimos os pontos em comum das três então alcançamos uma sabedoria impar, acredito. Participantes colocaram questões interessantes como por ex, a ampla discussão atual sobre religião (qual seria a "melhor", mais "correta") e pouco se fala de religiosidade.
Assim, compreendi que:
A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o Homem e os poderes por ele considerados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência. Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reuniões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes. Esta transcendência é tão forte, que povoa a cultura humana.
Alguns teólogos defendem a idéia de que: “A Existência de Deus é uma necessidade”, no entanto queremos enfatiza-la como “A Necessidade”, porque nenhuma outra por mais sublime que a seja, equiparasse com a existência da “Vida de todas as vidas”. Podemos compreender que através da aceitação de Deus ou de um ser sobre humano, o ser humano consegue atribuir sentido metafísico às coisas. Sentido este que exorta a extrapolação do sensorial. Fora disto, tudo é vazio e não há compreensão que abarque a “inexistência como existente” e o acaso como responsável por todas as coisas.
A religiosidade é uma qualidade do indivíduo que é caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas. Precisamos diferir o ser possuidor de religiosidade, do religioso, que é fruto do sistema religioso.
" A melhor religião é aquela que me faz sentir melhor" (Sotopietra)
Bom, sua palestra foi ministrada de forma que os "leigos" pudessem compreender apesar de complexa em reflexões e esse é um pedacinho dela que ficou em mim e ressignificou minha caminhada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário